O desinteresse dos cientistas
Bastará uma rápida busca na internet e você
encontrará relatos de pessoas que afirmam viver de luz. Disseram adeus à lasanha e se alimentam de deliciosos raios solares.
Mas você, José, não acredita nessa balela, acredita?
Mas você, José, não acredita nessa balela, acredita?
Na verdade, nem é o caso de acreditar ou não
acreditar. Trata-se de considerar qualquer possibilidade, sem preconceitos. Caso contrário, agiremos como aqueles que diziam ser impossível voar, que transmitir imagem e som era utopia, que a Terra era plana e o sol girava para nos aquecer.
Muitos daqueles incrédulos apresentavam dados científicos. Seus argumentos se construíam na pedra da lógica. (Ou a lógica daqueles tempos, pelo menos. Por que lógica é sempre a lógica de algum tempo.)
Hoje vivemos o que a ciência chama de Era da Incerteza. O raciocínio lógico - mesmo para os cientistas - já
não tem a utilidade que costumava ter.
Resumir o homem à mera máquina pensante, e dar a essa máquina o monopólio da compreensão já não faz sentido. A razão é apenas umas das formas de perceber o mundo. Os cinco sentidos perderam a primazia do conhecimento.
Resumir o homem à mera máquina pensante, e dar a essa máquina o monopólio da compreensão já não faz sentido. A razão é apenas umas das formas de perceber o mundo. Os cinco sentidos perderam a primazia do conhecimento.
Então, por que cargas d'água a comunidade científica não demonstra interesse na
possibilidade de retirar nutrientes da luz, do ar, do prana, do aroma do café, do diabo a quatro, por mais improvável que lhes pareça?
Como pode, nestes tempos de
incerteza e fome, que todos não se ocupem imediatamente
em testar algo que mudaria o rumo da humanidade? Ou será que mesmo a remota chance de comprovar a teoria afetaria interesses demais?
A perspectiva de ingestão gratuita de
nutrientes certamente não interessaria à indústria alimentícia. Imagine o sopro de terror que percorreria os corredores dos supermercados, as mesas dos restaurantes, as gavetas da indústria do lixo, a nuca dos glutões e barriga de todos os satisfeitos com essa essa orgia de alimentos.
O conflito de interesses (Fome x
Consumo) talvez explique o silêncio dos cientistas. O preconceito em relação ao
novo ou o medo do ridículo também deve travar alguns.
Assim, se os cientistas se calam, eu,
que não tenho rabo preso com o Pão de Açúcar, que luto contra meus próprios
preconceitos e estou acostumado ao ridículo, ousarei provar o óbvio.
Não é questão de fé, de misticismos
ou práticas esotéricas. Devidamente precavido das armadilhas
da mente, usarei a linha puramente racionalista e o raciocínio lógico-científico,
para afirmar que sim, que é possível viver de luz.
Não existe Matéria
Os físicos estão carecas de saber e divulgar que
não existe matéria. Aquilo a que se
chama matéria é apenas um aglomerado de elétrons, de cargas elétricas.
Os elétrons agrupam-se de determinada maneira para compor a árvore, organizam-se em outras combinações para formar a imagem de seu programa favorito na TV. Mas não existe um elétron de TV ou um elétron de árvore. O que existe é o elétron. Em todo lugar.
Assim como árvore e TV não são mais
do que um amontoado de elétrons, também o são você, suas meias e o Cristo
Redentor. Tudo o que pode ser visto,
ouvido, tocado, cheirado, bebido e comido compõe-se do mesmo tipo de partícula
básica: o elétron.
(O elétron também já foi decomposto
em três outras partículas: spinon, orbiton e o recém-descoberto férmion de Majorana. Essas três partículas ou quasi-partículas - como preferem os
cientistas - também estão em todas as
coisas.)
Conclusão: Matéria não existe. O que
existe é energia. Não sou eu quem o diz, são os cientistas.
(Veja texto de Leonardo Boff a respeito: "Matéria não existe. Tudo é energia.")
É possível viver de luz
Ora, se elétrons compõem tudo o que
existe, também assim são compostos o arroz, o feijão, o bife, o ar e a luz do
sol.
Por que então refutar a ideia de que
se possa absorver do sol e do ar os nutrientes igualmente presentes no arroz,
no feijão e no bife?
Yogis atingem determinados estados de
consciência e demonstram ser capazes de se manterem vivos e saudáveis absorvendo prana.
Os que se alimentam de luz dizem que é possível alcançar esse objetivo a partir de exposições controladas ao sol e adaptação gradual à falta de produtos sólidos e líquidos.
Os que se alimentam de luz dizem que é possível alcançar esse objetivo a partir de exposições controladas ao sol e adaptação gradual à falta de produtos sólidos e líquidos.
(Conheça alguns casos em É possível viver de luz.)
Talvez nem yogis nem os que vivem de
luz saibam exatamente do que realmente se alimentam. Eu diria que se alimentam
de tudo, porque em tudo está presente a energia que necessitamos.
Nós, humanos, (como já o sabiam as árvores) talvez sejamos capazes de organizar esse tudo e retirar dele apenas a essência. Aparentemente, alguns já descobriram como.
O homem de hoje não é mesmo homem das cavernas. Ele evoluiu ao adaptar-se às situações, ao aprender com a experiência dele e do outro, a raciocinar, a usar a intuição.
O tipo de alimento a que estamos habituados deve-se, quem sabe, a um apego ao primitivo. Apega-se a algo que um dia foi necessário (como um porrete, por exemplo), mas que não faria mais falta ao homem moderno, sofisticado, e de essência mais sutil.
É o homem bruto quem quer comer, e a comida embrutece o homem. O arrogante homo sapiens agarra-se às paredes da caverna ancestral. Ele ainda não sabe que não é mais necessário caçar.
Para satisfazer ou incomodar um pouco mais os racionalistas,
reproduzo uma elucubração de meu irmão Gilberto de Oliveira:
“Quanto menos tangível uma coisa, mais
essencial ela é. O homem somente consegue sobreviver alguns dias sem comida,
algumas horas sem água, apenas alguns minutos sem ar.”
Pois não é, sábio Gilberto, que tua frase expressa melhor do que tudo que a precede? Está tudo ali, na tua frase, tão claro quanto o ar que nos alimenta.
*as ilustrações deste post são de imaginary foundation.
Pois não é, sábio Gilberto, que tua frase expressa melhor do que tudo que a precede? Está tudo ali, na tua frase, tão claro quanto o ar que nos alimenta.
*as ilustrações deste post são de imaginary foundation.